Herpes genital: o que é e como tratar?

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O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST), que pode ser causada por dois tipos de vírus da família Herpesviridae: os HSV tipos 1 e 2.

As infecções ocorrem através de relações sexuais desprotegidas, sem uso de preservativo, e estão divididas em:

  • Primeira infecção: quando recém-adquirido, o herpes genital pode provocar ulcerações genitais graves e prolongadas e envolvimento neurológico. Todos os pacientes com primeiros episódios de herpes genital devem receber terapia antiviral.
  • Surtos recorrentes: quase todos os pacientes que tiveram um primeiro episódio sintomático sofrerão episódios recorrentes de lesões genitais, porém, são mais curtos e de menor gravidade que o primeiro. Com o passar dos anos, a quantidade de surtos tende a diminuir.

Existem pessoas que mesmo infectadas não manifestam sinais da doença e, assim, acabam desconhecendo serem portadoras do vírus.

Herpes labial x herpes genital

O herpes labial é geralmente causado pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e menos comumente pelo vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2). Ambos os vírus podem afetar a boca e os órgãos genitais e podem ser transmitidos por sexo oral. O herpes labial é contagioso mesmo que você não veja as feridas.

Quais os sintomas do herpes genital?

Os sintomas do herpes genital, que surgem de dois a doze dias após o contato com o vírus, são:

  • Pequenas bolhas dolorosas na região genital;
  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Ardência ao urinar;
  • Dor no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Gânglios inchados na região da virilha.

Quando a infecção chega ao colo do útero, a mulher pode perceber um corrimento vaginal. Nos homens, ao acometer a uretra também provoca corrimento.

Em alguns casos, os sintomas mais leves são confundidos com outras doenças de pele e até mesmo espinhas. Por causa disso, a maioria das pessoas desconhece estar com uma infecção por herpes.

As pequenas bolhas características da doença se rompem, deixam feridas dolorosas e levam, em média, uma semana para cicatrizar. Podem ou não deixar cicatrizes. É comum também, durante um surto de herpes genital, a pessoa sentir dores no corpo ou gânglios inchados.

Os dois tipos de vírus do herpes genital são capazes de provocar lesões em qualquer parte do corpo, mas o HSV-2 é o que predomina nas feridas genitais.

Onde está o risco?

  • Sexo oral, vaginal ou anal sem proteção: o vírus pode se espalhar mais facilmente de homens para mulheres do que de mulheres para homens. Por isso, as mulheres correm maior risco de contraí-lo.
  • Sexo com múltiplos parceiros: como a maioria das pessoas com herpes genital desconhece que a tem, o número de pessoas com quem você faz sexo é um forte fator de risco.
  • O parceiro tem a doença, mas não está tratando: não há cura para o herpes genital, mas a medicina pode ajudar a limitar os surtos.

Existem complicações?

O herpes genital oferece risco às gestantes, principalmente se a infecção ocorrer no último trimestre da gravidez. Nesse caso, o maior risco de transmissão do vírus está no momento do parto natural, na hora da passagem do bebê pela vagina. A recomendação para as mulheres com diagnóstico de herpes genital com lesão ativa no trabalho de parto é realizar uma cesariana.

VÍDEO: Como o herpes é transmitido?

Qual é o tratamento para herpes genital?

Não há cura para o herpes genital. As prescrições de medicamentos vão ajudar na prevenção ou redução dos surtos, além de evitar a transmissão para outras pessoas. O uso de pomadas — também prescritas pelo médico — costuma aliviar o incômodo causado pelas feridas.

Não existe vacina para prevenir herpes genital, apesar de algumas estarem já há alguns anos em estudos. Por isso, a qualquer sintoma dessa doença sexualmente transmissível deve-se procurar por atendimento médico.


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

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