Equipamento está em falta no mercado. Einstein encomendou 3 mil unidades
A higienização das mãos em tempos de Covid-19 tornou-se obrigatória. No ambiente hospitalar então, quase uma obsessão. E mesmo com estoque de álcool gel, o Hospital Israelita Albert Einstein enfrentava dificuldades para disponibilizá-lo aos seus pacientes e colaboradores. O motivo: a procura pelos dispensers (equipamentos fixados à parede) cresceu tanto que “esvaziou” o mercado.
Para ajudar a resolver a questão, o Einstein “convocou” a indústria e startups, explica Claudio Terra, diretor de Inovação e Transformação Digital da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Segundo ele, a escassez do produto foi agravada também pela decisão do governo norte-americano de confiscar para consumo/utilização própria insumos e equipamentos médico-hospitalares.
Solução “caseira”
Foi de dentro da Eretz.bio, incubadora de startups do próprio Einstein, que surgiu a solução. A Fix it, que desde 2015 desenvolve soluções (talas) impressas em 3D para o tratamento de lesões ortopédicas em plástico termomoldável e biodegradável, apresentou um suporte para frascos de álcool gel fabricado em impressora 3D.
“Construímos em seis mãos a solução. Em uma semana nós fechamos a versão final do produto”, diz Felipe Neves, CEO da Fix it, ao lembrar o processo criativo que contou com a participação de seu sócio e COO da startup, Herbert Costa, além de Bruno Amorim, designer de produtos.
Além de resolver a “carência” por dispensers, o suporte desenvolvido pela startup que nasceu no Rio Grande do Norte tem outras vantagens, como: a possibilidade de fixar à parede qualquer modelo e tamanho de frasco de álcool gel, o tempo e a agilidade de produção (3 mil unidades deverão ser entregues nos próximos 15 dias ao Einstein), o custo (inferior aos dispensers “tradicionais” do mercado) e a trava de segurança – capaz de evitar que o frasco seja retirado do local.
Frasco de álcool gel com dispenser da Fix it Fabricado em impressora 3D Pode ser utilizado em frascos de diferentes tamanhos
“É uma sensação de dever cumprido. Neste momento sabemos o quão útil é a nossa solução para a sociedade. É uma grande satisfação fazer algo para ajudar no combate ao novo coronavírus”, afirma Neves, que espera aprimorar ainda mais o suporte nos próximos meses. “Não vamos nos contentar ou parar com a solução que criamos. Vamos pensar em melhorias, tanto da matéria prima utilizada, quanto no desenho e sua funcionalidade.”
