Saiba mais sobre a CoronaVac e a vacinação contra COVID-19 no Brasil

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O novo coronavírus, causador da COVID-19, mobilizou o mundo em torno do desenvolvimento de vacinas. Duas já foram aprovadas para uso emergencial no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): a CoronaVac, desenvolvida em parceria pelo laboratório Sinovac e o Instituto Butantan, e a vacina de Oxford, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca e trazida ao Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O governo brasileiro se comprometeu a oferecer vacinação gratuita pelo SUS para todos os cidadãos brasileiros e, aos poucos, vai negociando a importação e produção das vacinas, que ainda não têm previsão de disponibilidade nas clínicas de imunização particulares.

A CoronaVac, primeira vacina disponível no Brasil, demonstrou ser segura e eficaz – no momento só não é recomendada apenas para gestantes e menores de 18 anos. A eficácia apresentada após a aplicação de suas duas doses foi de 50,4% para todas as formas da doença. Isso significa que os pacientes vacinados terão 50,4% de proteção para todas as formas da doença – desde leves até graves. Contra sintomas moderados, apresentou 78% de eficácia e 100% contra casos graves. Na prática, entre todos os voluntários que foram vacinados durante os testes, nenhum apresentou a forma grave da doença, nenhum precisou de internação e ninguém morreu de COVID-19. Os efeitos colaterais observados têm sido leves, como dor no local da aplicação, dor de cabeça e mal-estar.

Produção da vacina e como ela atua em nosso corpo

A produção da vacina, de maneira extremamente simples e resumida, consiste em expor os vírus, em laboratório, a certos produtos químicos. Isso é essencial para que fiquem inativados, ou seja, incapazes de se instalar e reproduzir quando chegarem ao corpo humano. Então tais vírus (já inofensivos) são misturados a uma substância (adjuvante) que ajuda a criar uma resposta imunológica para formar a vacina.

Assim que nosso corpo recebe o vírus inativo ele é capturado por nossas células, fazendo o sistema imunológico ser ativado e um “exército” de anticorpos ser criado para lidar com a ameaça. Dessa forma, o corpo fica preparado para combater especificamente o novo coronavírus e, quando o organismo se deparar com um vírus ativo, já estará pronto para se defender. Inicialmente disponível apenas para determinados públicos, como idosos acima de 75 anos, profissionais da saúde, entre outros, em breve a vacina estará disponível para outros grupos populacionais. A estimativa é de que 2021 será um ano marcado pela vacinação, etapa essencial no combate à COVID-19, doença que já tirou mais de 220 mil vidas apenas no Brasil.

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