Você sente dor na região do quadril e dificuldade para se movimentar? Saiba que esses podem ser sintomas de artrose de quadril. Essa condição limita a mobilidade do indivíduo, comprometendo a sua qualidade de vida e bem-estar. A boa notícia é que existem tratamentos que ajudam a aliviar os incômodos, gerando mais conforto para o dia a dia do paciente.
Como toda enfermidade, quanto mais cedo descobrir a artrose no quadril, melhor é o prognóstico. Por esse motivo, se você apresenta desconforto na região do quadril ou conhece alguém que tenha, é importante entender o que é a artrose e como tratá-la.
Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura e confira!
O que é artrose de quadril?
A artrose no quadril ou osteoartrose é o desgaste da articulação dessa parte do corpo, que é a maior articulação do nosso sistema musculoesquelético. Formada pela conexão do fêmur (osso da coxa) com o acetábulo (parte da bacia que se liga ao fêmur), essa articulação sofre com o desgaste das cartilagens que revestem essas duas estruturas ósseas, provocando dor e, muitas vezes, limitando severamente a vida dos pacientes.
Quais são os sintomas de artrose de quadril?
A dor é o principal sintoma de artrose de quadril. Ela ocorre geralmente na região da virilha e na frente do quadril, piorando ao andar, ficar sentado por muito tempo ou deitar sobre o lado dolorido. Além disso, as dores podem surgir na região da coxa, na lateral da bacia, nas nádegas e irradiar para a coluna lombar.
Já nas fases mais avançadas, também pode ocorrer diminuição da amplitude de movimentos, como dificuldade para cruzar a perna, colocar sapatos ou entrar e sair do carro. Em casos ainda mais graves pode haver encurtamento de uma das pernas.
Quais são os fatores de risco?
A principal causa de artrose de quadril é o envelhecimento. Dessa maneira, ela costuma afetar pessoas com mais de 45 anos. No entanto, outras condições podem contribuir para o surgimento do problema, como:
- obesidade (o excesso de peso sobrecarrega as articulações);
- exercícios físicos em excesso e sem orientações, particularmente os que envolvem movimento rotacional do quadril, como futebol e tênis, entre outros;
- histórico familiar;
- doenças reumatológicas, como artrite reumatoide, espondilite anquilosante e lúpus, entre outros;
- traumatismos (acidentes).
Como é feito o diagnóstico da artrose de quadril?
- Além de entender os sintomas e os fatores de risco, é fundamental conhecer como o diagnóstico da artrose de quadril é realizado. De modo geral, o raio-X da bacia é o principal exame para diagnosticar o problema. Em alguns casos, particularmente quando a doença se encontra em fase muito inicial, pode ser solicitada uma ressonância magnética do quadril.
Quais são os tratamentos para a doença?
Existem duas formas para tratar a artrose de quadril, sendo uma conservadora e a outra mais radical, necessitando de cirurgia. A seguir, conheça um pouco mais sobre cara uma delas!
Conservadora
Esse costuma ser o tratamento inicial. Ele é baseado em:
- sessões de fisioterapia visando fortalecer a musculatura, melhorar a amplitude dos movimentos e controlar as dores;
- administração de analgésicos e anti-inflamatórios nas crises de dores. Vale saber que esses remédios não devem ser usados de forma contínua, a fim de evitar efeitos colaterais;
- em caso de obesidade, prescrição de dieta e atividades físicas para a perda de peso;
- adaptações na intensidade e carga no caso de excessos nas práticas esportivas e atividades físicas ou substituição por opções mais adequadas, como natação, hidroginástica, pilates e bicicleta.
Radical
Quando o tratamento conservador não traz os resultados desejados, o caminho é a cirurgia para a colocação de uma prótese de quadril (artroplastia de quadril). Desse modo, o paciente pode restabelecer seus movimentos e ter mais qualidade de vida.
A cirurgia pode ser realizada com o procedimento convencional ou com o uso de robô. Assim, a cirurgia robótica agrega precisão ao procedimento, com total segurança para o paciente.
Como é feita a cirurgia para colocação de prótese de quadril?
A partir de planejamento prévio, feito com base em imagens da anatomia do paciente, a cirurgia consiste na retirada de cartilagem e ossos lesionados para substituí-los pelos componentes da prótese. O cirurgião faz o ressecamento (retirada) da cabeça do fêmur e coloca em seu interior uma haste de metal ou cerâmica.
Na parte superior dessa haste é instalada uma esfera que funcionará como a nova cabeça desse osso. No acetábulo, após removida a cartilagem danificada, é colocada uma cúpula. Entre essa cúpula e a esfera é instalado um componente para garantir o menor atrito possível no contato dessas duas superfícies.
As próteses podem ser cimentadas (usando um cimento ortopédico) e não cimentadas (são próteses mais porosas, que ‘grudam’ sob pressão no osso do paciente). Cada uma delas tem vantagens e desvantagens. A melhor escolha para cada caso é definida em comum acordo entre médico e paciente.
O paciente é estimulado a andar com apoio de andador ou muleta já no dia seguinte da cirurgia. O ideal é que a fisioterapia comece ainda na fase de internação, prosseguindo depois da alta por um período de três a seis meses.
De duas semanas a dois meses depois da cirurgia, o paciente já poderá andar sem a necessidade de apoio (muletas, andador ou bengala). Em seis meses, estará pronto para retomar plenamente suas atividades de rotina.
Neste artigo, você descobriu o que é artrose de quadril e como tratá-la. Além disso, viu quais são os sintomas e como o diagnóstico pode ser realizado. Agora, você tem informações importantes que podem ajudar a identificar os sintomas e procurar ajuda médica.
Você também sente dor nos ombros? Aproveite que está por aqui e descubra o que pode ser!