Sentir cólicas na gravidez pode deixar a gestante um pouco apreensiva, principalmente em caso de mães de primeira viagem. Contudo, esse desconforto é relativamente comum e inofensivo, em especial nas primeiras e últimas semanas de gestação.
Por exemplo, ao longo da formação da placenta alguns hormônios são liberados e eles agem nos ovários para evitar o desprendimento do endométrio. Tal processo provoca cólicas leves ocasionais, em razão da resposta da musculatura local ao que está acontecendo.
Neste post, explicaremos quando a cólica na gravidez é normal e quando você deve se preocupar. Continue a leitura e confira!
Quais são os sintomas do começo da gravidez?
As primeiras semanas após a concepção são marcadas por alguns sinais que podem ser mais ou menos perceptíveis de acordo com a mulher. Esses sintomas são:
- atraso na menstruação;
- cólica abdominal;
- aumento da libido;
- mamas maiores e mais sensíveis;
- náuseas, enjoos e vômitos;
- vontade frequente de urinar;
- modificações no corrimento vaginal;
- constipação intestinal;
- alterações no paladar e repulsa a cheiros fortes;
- aumento do sono;
- alterações de humor;
- cansaço frequente;
- sangramento vaginal;
- abdômen inchado.
A implantação do embrião no útero e as contrações e expansões características do período inicial da gestação podem ser acompanhadas de cólicas, o que não é motivo de preocupação. Aliás, a cólica é um dos primeiros indícios de gravidez, você sabia?
Cólicas na gravidez são normais?
O aparecimento de cólicas na gravidez é normal e pode acontecer durante toda a gestação. Você sabe como são as cólicas no início da gravidez? Elas aparecem por causa do crescimento do bebê e da distensão do útero necessário a essa expansão. O estiramento do abdômen, em geral, também é acompanhado desse incômodo.
Ao final da gravidez, a cólica surge na região inferior do abdômen devido a pressão exercida pelo peso do bebê nas estruturas internas do corpo da mulher. Ou então, como sinal de que o parto se aproxima.
Quando elas costumam acontecer?
É possível confundir o que está acontecendo com o seu corpo quando você pensa que um sintoma indica um fato diferente do que está em curso. Um exemplo disso é a cólica no início da gravidez como se fosse menstruar.
As infecções urinárias e vaginais também têm como sintomas as cólicas e requerem atenção médica, já que os corrimentos vaginais contém bactérias que podem contaminar as trompas e o útero. Por isso, as gestantes precisam fazer exames de urina com frequência.
Além disso, a própria gestação faz com que as mulheres produzam mais gases devido a dificuldade de digerir alguns alimentos. Isso pode causar esse tipo de desconforto por toda a gestação.
Quando devo me preocupar?
Você deve ficar em alerta quando as dores ficam muito intensas e frequentes. Lembre-se: nessas circunstâncias as cólicas podem ser confundidas com incômodos intestinais ou renais. Dessa forma, a orientação médica é essencial para distinguir entre uma e outra, especialmente se as cólicas forem acompanhadas dos seguintes sintomas:
- febre ou calafrios;
- dor ou ardor ao urinar, além da dificuldade em urinar ou da presença de sangue na urina;
- tontura ou sensação de desmaio;
- desconforto na região vaginal;
- dor abdominal forte que não diminui, ainda que não seja acompanhada por sangramento;
- dor de cabeça intensa que não passa, combinada a alterações de visão, inchaço repentino e/ou ganho de peso sem razão aparente (esses são sintomas de pré-eclâmpsia);
- sangramento abundante, junto com cólicas ou dor intensa na parte inferior do abdômen;
- duas ou três contrações no intervalo de 10 minutos, sobretudo antes que se complete 37 semanas de gestação.
Embora na maioria das vezes as cólicas sejam inofensivas, elas podem sim ser indícios de um aborto. Nesses casos, as dores pioram muito e são acompanhadas de sangramento.
Qual a importância do acompanhamento médico?
Para viver tranquilamente a sua gestação é necessário contar com o acompanhamento de um médico de confiança e fazer todos os exames que ajudam a avaliar a sua saúde e a do bebê. Abaixo listamos alguns exames de imagem e laboratoriais indicados para um pré-natal cuidadoso;
- ultrassonografia;
- cardiotocografia;
- glicemia em jejum;
- hemograma;
- exame de urina;
- Papanicolau;
- perfil biofísico fetal.
Tratamento de cólica na gravidez
As medidas adotadas dependem da causa e só o médico, após uma avaliação minuciosa, pode decidir sobre o melhor curso de ação. Entre os remédios mais utilizados contra cólica estão os analgésicos, os antiespasmódicos e os antibióticos.
É importante ressaltar que qualquer medicação para cólica ou outro sintoma, para uma mulher grávida, deve ser receitada por um médico. Uma vez que a automedicação pode ser muito perigosa, tanto para a mãe como para o bebê.
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Cólica na gravidez, como aliviar?
Sempre que você tiver esse sintoma procure repousar. Assim, a musculatura da pelve relaxa e o incômodo diminui. Mantenha a calma, afinal cólicas são ocorrências normais na gravidez e não é preciso entrar em desespero.
Tomar um banho quente e beber bastante líquido também pode ser de grande ajuda. E, por fim, fique em uma posição confortável, seja sentada ou deitada, até que a dor passe.
Como prevenir as cólicas?
Alimente-se bem, já que uma dieta balanceada evita o excesso de gases e a prisão de ventre. Outro ponto importante é exercitar-se para fortalecer a musculatura e aliviar os desconfortos causados pelas mudanças pelas quais o corpo feminino passa na gestação.
Contar com acompanhamento médico é uma segurança para as futuras mamães. Portanto, diante das cólicas na gravidez não se preocupe, observe a frequência, a intensidade e se elas estão combinadas a outros sintomas. E mantenha o seu médico atualizado sobre tudo o que estiver acontecendo, pois essa é uma fase delicada e você merece ser tratada com todo o cuidado e carinho.
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).