A disidrose é uma doença de pele que pode se tornar crônica. Suas causas não são conhecidas, mas o estresse e a dermatite atópica estão relacionados a ela. Ela se manifesta nas mãos e nos pés, sendo caracterizada principalmente pela formação de pequenas bolhas líquidas, chamadas vesículas. Essas bolhas costumam causar coceira intensa e desconforto.
A doença afeta mais frequentemente pessoas com idade entre 20 e 40 anos, tanto homens quanto mulheres. A disidrose, também chamada de eczema disidrótico, não é contagiosa e tende a se tornar mais comum nos meses quentes do ano, devido ao calor e à umidade.
Principais causas e fatores de risco
Não existem causas definidas para a disidrose, mas fatores emocionais, como o estresse e crises de ansiedade, podem desencadear ou agravar a condição. Algumas pessoas que sofrem de dermatite atópica, por também serem afetadas por uma doença de pele, estão mais suscetíveis a desenvolver a disidrose.
Quais os principais sintomas?
- Bolhas nos dedos das mãos e dos pés, conhecidas como vesículas. Em alguns casos, essas vesículas podem se estender para a planta dos pés.
- Na fase aguda, as bolhas acumulam líquido e aparecem nas superfícies laterais e dorsais dos dedos. Podem ser dolorosas ou não.
- Coceira nos locais onde as bolhas estão localizadas.
- Dor e vermelhidão.
Diagnóstico e tratamento de disidrose
O diagnóstico da disidrose é feito por meio da análise clínica e geralmente não requer exames laboratoriais, a menos que o médico precise descartar outras condições de pele com características semelhantes.
O tratamento da disidrose pode envolver compressas frias com água boricada 2% ou banhos de permanganato de potássio, realizados duas a três vezes ao dia. Essa rotina deve ser mantida até a melhora das lesões. Pomadas à base de corticoide costumam ser prescritas e podem ser usadas em conjunto com as compressas frias.
Em casos mais graves, o médico pode receitar comprimidos de corticoides e enfatizar a importância dos cuidados diários com as lesões. Além disso, a fototerapia, um tratamento realizado com lâmpadas fluorescentes que emitem luz ultravioleta de forma controlada, também pode ser indicada.
Em geral, a pele se recupera totalmente em até três semanas, dependendo da gravidade da disidrose. No entanto, em alguns casos, a disidrose pode se tornar crônica ou apresentar recidivas no paciente.
Cuidados necessários
O paciente deve limitar a lavagem das mãos a duas ou três vezes ao dia, com cuidado. Isso ocorre porque o contato com detergentes e sabonetes nas lesões pode agravar o quadro. Para atividades como lavar louças, se possível, é aconselhável o uso de luvas de vinil para evitar o contato com substâncias que podem irritar a pele.
Na fase crônica, o uso de cremes dermatológicos hidratantes é recomendado, desde que sejam prescritos por um médico.
Evitar situações que causem estresse e ansiedade pode ajudar na prevenção da disidrose.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do pronto atendimento e corpo clínico, preceptor da residência em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.