A micose é uma infecção originada pelo crescimento descontrolado de fungos, podendo afetar a pele, o couro cabeludo, as unhas e áreas do corpo mais úmidas. Os principais sintomas incluem coceira, descamação, erupções cutâneas e secreções. No entanto, existem pelo menos sete tipos distintos de micose que podem surgir em diferentes regiões do corpo. Aprofunde seu conhecimento sobre o assunto!
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1. Candidíase
Causada na maioria das vezes pelo fungo Candida albicans, normalmente presente na pele e em regiões como boca, garganta, intestino e vagina, podendo infectar adultos e bebês. A imunidade baixa pode provocar a proliferação do fungo.
Nos adultos, a candidíase é mais frequente em mulheres e costuma ocorrer mais frequentemente na região vaginal. Os sintomas são coceira, inchaço nos locais atingidos e corrimento esbranquiçado. Nesse caso, a mulher pode contaminar o parceiro durante as relações sexuais.
A candidíase também pode surgir na boca, na garganta e no esôfago. Na boca, os sintomas mais frequentes são mau hálito e placas esbranquiçadas na língua. Nos bebês, a candidíase é conhecida como sapinho e também se manifesta na boca, causando aftas na língua e nas bochechas.
2. Ptiríase versicolor
O nome comum dessa infecção fúngica é “pano branco”, e ela não é contagiosa. O agente causador é uma levedura presente nos fungos do gênero Malassezia, que são naturalmente encontrados na pele. Condições de excesso de umidade, calor ou suor criam o ambiente ideal para a multiplicação desses fungos.
A Ptiríase versicolor, no entanto, resulta em manchas cutâneas mais claras ou mais escuras do que o tom natural da pele. As lesões, em geral, não são dolorosas, mas ocasionalmente podem causar leve coceira.
3. Onicomicose
A micose que atinge as unhas é provocada pelos fungos Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. Esse tipo ataca as unhas dos pés e das mãos, deixando-as mais fracas e amareladas ou esbranquiçadas.
Quando não tratada, a onicomicose provoca o descolamento das unhas. É contagiosa e uma das recomendações para evitá-la é não compartilhar tesouras, alicates, lixas e afins nos salões de beleza.
4. Frieira
“Pé de atleta” é outro termo usado para se referir a essa micose, a qual é causada pelo fungo Trichophyton. Essa condição afeta principalmente os pés, especialmente entre os dedos, e a região da virilha (conhecida como “coceira de jóquei”). Os sintomas incluem manchas avermelhadas que descamam e causam coceira.
Com o avanço da infecção, as fissuras resultantes podem liberar líquido e deixar a pele sensível e dolorida na área afetada.
O fungo Trichophyton é facilmente encontrado em ambientes como vestiários e piscinas, o que significa que frequentadores de academias e clubes devem estar atentos e garantir que seus pés estejam secos ao sair desses locais. O uso de chinelos também é altamente recomendado.
5. Tinea do couro cabeludo
Os agentes causadores desse tipo de micose são os fungos Trichophyton e Microsporum. Esses fungos que causam a infecção pertencem ao grupo dos dermatófitos. Por isso, essa micose é uma dermatofitose.
A doença, que também é chamada de tinea capitis, provoca coceira intensa na cabeça, placas e manchas no couro cabeludo, além de descamação local e caspa. Inclusive, o cabelo pode apresentar falhas nas áreas atingidas. Esse tipo de micose é altamente contagioso.
6.Tinea cruris
Obesos, atletas e pessoas que usam roupas muito apertadas são mais sujeitos a esse tipo de dermatofitose. Ele também é causado pelos fungos Trichophyton e Microsporum, que, como todos os fungos, se proliferam em ambientes quentes e úmidos, como a virilha.
A doença é contagiosa e uma queixa comum é o aparecimento de erupções avermelhadas na virilha, nas nádegas e no interior das coxas que provocam coceira intensa.
7. Tinea corporis
É uma outra dermatofitose, provocada pelos fungos Trichophyton e Microsporum. A tinea corporis pode aparecer em qualquer região do corpo, provocando erupções cutâneas avermelhadas que têm o centro mais claro.
Como é o tratamento para micose?
O tratamento da micose inclui a administração de medicamentos antifúngicos, que podem ser orais ou aplicados localmente na forma de pomadas. O princípio ativo do medicamento varia conforme o fungo causador da infecção.
É de extrema importância seguir rigorosamente as orientações médicas sobre a duração do tratamento, que em certos casos pode se estender por meses (a onicomicose é um exemplo desse tipo de tratamento prolongado).
Frequentemente, as pessoas interrompem o tratamento ao notar melhora nos sintomas, porém, essa atitude aumenta o risco de reinfecção. Portanto, é crucial completar o tratamento conforme prescrito pelo médico.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do pronto atendimento e corpo clínico, preceptor da residência em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.